A Síndrome de Burnout, conhecida como síndrome do esgotamento profissional, tem se tornado um problema crescente nas empresas, não apenas por seus efeitos na saúde dos colaboradores, mas também pelos impactos financeiros e jurídicos que pode causar. Segundo a advogada trabalhista patronal Juliana Stacechen, é fundamental que os empresários compreendam a gravidade desse problema, pois ele pode afetar diretamente a produtividade e a saúde financeira da empresa.
Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o Burnout na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional, resultado do estresse crônico no local de trabalho que não é gerenciado adequadamente. De acordo com Stacechen, o Burnout pode levar a empresa a enfrentar custos substanciais, desde a queda na produtividade até despesas legais decorrentes de processos trabalhistas. “O diagnóstico de Burnout pode resultar em licenças médicas prolongadas, direitos a indenizações por danos morais e materiais e até mesmo em rescisões contratuais indiretas”, explica a advogada.
O Brasil é o segundo país com mais casos de Burnout, e a tendência é que esses números aumentem devido ao mercado de trabalho cada vez mais exigente. Stacechen destaca que, além das questões jurídicas, a falta de uma política eficaz para lidar com o Burnout pode gerar um ambiente de trabalho tóxico, elevando o índice de rotatividade de funcionários e aumentando os custos de contratação e treinamento. “A estabilidade empregatícia de 12 meses após o tratamento é apenas um dos desafios que as empresas enfrentam ao lidar com casos de Burnout”, acrescenta.
Para evitar esses problemas, a advogada sugere que os empresários invistam na criação de um ambiente de trabalho saudável. Isso inclui o monitoramento das condições de trabalho, a promoção de práticas de bem-estar e a oferta de suporte psicológico. “Investir no bem-estar dos colaboradores não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia inteligente para manter a produtividade e reduzir os custos associados ao Burnout”, aconselha Stacechen.
Por fim, a advogada ressalta a importância de políticas preventivas e de uma gestão proativa em saúde ocupacional. “Prevenir a Síndrome de Burnout é essencial para manter um ambiente de trabalho saudável e evitar os altos custos financeiros e jurídicos que a síndrome pode gerar para as empresas”, conclui. Dessa forma, a informação e o planejamento se tornam aliados importantes dos empresários na proteção da saúde financeira de suas organizações.
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